quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A DECISÃO DE TROCAR DE DOUTRINA SEGUIDA PELA FAMÍLIA PODE SER COMPLICADA SE NÃO HOUVER RESPEITO

Jornal Comunicare Liberdade
Curitiba, setembro de 2011

Mudar de religião ainda gera preconceito familiar
Escolher qual religião seguir é uma questão pessoal e cada um deve usufruir de seu livre-arbítrio para definir suas crenças


Liberdade de escolha religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, no qual cada família nasce com diferentes convicções de crença, ou seja, é uma linhagem que se insere em uma religião e assim o indivíduo cresce com determinados mandamentos. Com o tempo, diver­sas opiniões são formadas, o que traz questionamentos e dúvidas. A liber­dade de religião qualifica a indepen­dência do ser humano como cristão. 
Religião significa religar laços que unem o homem à divindade em que a ligação com Deus de forma espiritual faz com que as pessoas mudem ou não de religião. A aposentada Catarina da Silva, há 32 anos sofreu preconceito de seus parentes por ter mudado de dou­trina. “Quando informei aos meus familiares que tinha deixado de ser batista para ser católica, meus pais ficaram tristes, mas se conformaram e meus tios ficaram um tempo sem falar comigo”, Catarina ainda revela: “Desde pequena eu participava dos cultos, mas não me sentia bem lá, foi quando resolvi ir a uma missa de domingo com uma amiga e me iden­tifiquei completamente com o modo de pensar e de celebrar a Deus”. 
Determinar uma religião no qual a intenção é de fato segui-lá é uma es­colha muito pessoal e difícil. Juliana Mattos, acadêmica de pedagogia, 20 anos, freqüentava a doutrina católi­ca e espírita, mas resolveu mudar. “Eu nunca me identifiquei com o catolicismo já a religião espírita eu gostava, mas a calmaria não era o meu forte. Foi então que conheci a umbanda e me encantei com as músi­cas, o som do atabaque e a agitação”. Para ela, a liberdade de escolha foi muito importante, pois assim pôde descobrir o que é certo e o que não é, e através disso obter mais respon­sabilidade e até autoconhecimento sobre o modo de vida. Por fim, Ju­liana completa: “É com a liberdade de escolha que determinamos o que queremos para o nosso futuro, o que vai além de religião, da escolha pro­fissional, família, amizades, etc”. A estudante de musicoterapia, Larissa Chapiewsky, 19 anos, seguia o cato­licismo e há 2 anos começou a visitar a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como mórmon, pois achava que com a mudança de religião aprenderia mais, no inicio ela teve a oportuni­dade de conhecer a doutrina da igreja a partir daí o interesse cresceu até se converter. “Minha vida mudou depois da troca de religião, hoje sei de algumas coisas que nunca pensei que saberia. Atualmente tenho cer­tezas que fazem algumas escolhas diferentes das que eu tinha antes. O conhecimento mórmon que adquiri enfatiza a importância de cada um”.
Diante da escolha em mudar ou não de religião, o Bispo Fernando, mórmon da Ala Bom Retiro, o Pas­tor Claudinei Gonçalves, da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico e o Frei Capuchinho Ivo Severino, da Igreja Nossa Senhora das Mercês, chegam a uma mesma conclusão, de que cada indivíduo tem o seu livre-arbítrio no qual a responsabi­lidade individual é se encontrar na religião e com Deus. “Religião é um assunto muito pessoal, entre a consciência, o espírito e o Criador. O que cabe aos outro é respeitar a escolha”, afirma o Bispo. Já o Pastor Claudinei revela que Deus sempre vai apresentar o que é bom e corre­to, porém a escolha é de cada um.

Feito por: Náthalie Sikorski