quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O CÉU DE CURITIBA E REGIÃO METROPOLITANA NÃO É MAIS O MESMO


Jornal Comunicare Responsabilidade Social
Curitiba, agosto de 2011


Com o passar do tempo, as estrelas foram desaparecendo mes­mo estando no mesmo lugar. Isso é devido a uma forma de poluição que durante a noite deixa as nuvens brancas, amareladas ou alaranjadas.
A poluição luminosa é causada pela luz projetada e iluminada para o céu, fazendo assim um bloqueio com a luz dos astros.
Boa parte da população que vive em grandes cidades não tem noção do quanto são afetados por esse tipo de poluição. Desse modo, diversos grupos amadores de astronomia são impedidos de exercer seus hobbies devido à alta quantidade de luz nas cidades. Por isso, migram para lugares onde não existe claridade.
O grupo Nevoeiro orga­niza saídas à lugares em torno de 50 km de Curitiba e mesmo assim, observam a grande poluição lumi­nosa na região metropolitana. O en­genheiro eletricista comenta que o município de São Luiz do Purunã e a cidade de Rio Branco do Sul estão sendo afetadas pela poluição do céu.
Fernando Augusto Lopes Corrêa é engenheiro eletricista, estu­da astronomia há mais de 25 anos e faz parte do grupo de astrônomos amadores Nevoeiro. Para ele, o céu de Curitiba é péssimo para estudar as estrelas. Corrêa relata que isso é consequência da iluminação pública e também de instalações particulares: “O que posso afirmar, com certeza, é que é um grande desperdício de ener­gia e dinheiro. Se o Brasil investir em um sistema mais racional poderá adi­ar investimentos em geração, trans­missão e distribuição de energia para sustentar um desperdício que pode ser evitado”, por fim completa: “Pen­sam que iluminando mais dão maior segurança. É correto afirmar que a iluminação pública e privada são fa­tores que influenciam a segurança. O problema sempre são os exageros.”
Por fim, Corrêa alerta que ba­sicamente se combate a poluição lumino­sa através de substituição de luminárias e lâmpadas por outras mais eficiêntes. Em certos casos pode-se diminuir a potência das lâmpadas e consequênte­mente a energia e o dinheiro gasto.

Feito por: Náthalie Sikorski e Gustavo Magalhães